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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

CORTANDO CAMINHO PELAS INDIAS...



...Eu estava esperando a novela de Glória Peres "Caminho das Indias"começar pra valer para fazer este post,a nova trama das 20:00 trata dos costumes indianos ,crenças,amores impossiveis e dramas do cotidiano daquele país , quase todos de uma certa maneira entrelaçados com os dramas e costumes do Brasil. veja a abertura da novela neste vídeo e vamos aos poucos mergulhando neste mundo fantástico e envolvente que é a cultura Indiana.


eu não vou tratar da novela em si mas, falar aqui sobre a curiosidade minha e sua ,que chegou até aqui movido pelo desejo de saber.e não deixe de acompanhar a novela que tem mostrado muita coisa sobre o assunto...
muito antes da novela,com certeza você já deve ter visto imagens,desenhos,tatuagens,camisetas,até mesmo os Hare Krishna em algum lugar por aí...

Hinduísmo-

Uma das mais antigas e maiores religiões do planeta. Possui 800 milhões de seguidores no mundo: 74,5% da população da Índia; 10% dos habitantes de Bangladesh; 15% da população do Sri Lanka; e outros 6 milhões de pessoas espalhados por todo o planeta. Suas crenças e tradições baseiam-se em regras compiladas em livros sagrados ao longo de 4 mil anos. Abrange uma infinidade de ramos que compartilham a crença de que a vida na Terra é parte de um ciclo de nascimentos, mortes e renascimentos, do qual é preciso se libertar. Sua literatura sagrada está reunida em obras como osVedas, formados por poemas, hinos, lendas e mitos.

Os Deuses

- Brahma é considerado a força criadora do universo.


Brahma é considerado pelos hindus a representação da força criadora ativa no universo.
Brahma é representado com quatro cabeças, mas originalmente, era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa. Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os lados. Para poder vê-la onde quer que fosse, Brahma criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brahma criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que Brahma veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa,nasceu Suayambhuva Manu, o pai de todos os humanos.Nas escrituras, é mencionado que a quinta cabeça foi eliminada por Shiva. Brahma falou desrespeitosamente de Shiva, que abriu seu terceiro olho e queimou a quinta cabeça de Brahma.
Brahma tem quatro braços e nas mãos ele segura uma flor de Lótus, seu Cetro, colher, um rosário, um vaso contendo água benta e os Vedas. O veículo de Brahma é o cisne “Hans-Vahana”, o símbolo do conhecimento. A esposa de Brahma é Sarasvati, a Deusa da Sabedoria.Depois que Brahma cria o universo, ele permanece em existência por um dia de Brahma, que vem a ser aproximadamente 4.320.000.000 anos em termos de calendário hindu. Quando Brahma vai dormir, após o fim do dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo, quando ele acorda de novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem 100 anos de Brahma, quando esse dia chegar, Brahma vai deixarde existir, e todos os outros deuses e todo o universo vão ser dissolvidos de volta para seus elementos constituíntes.

- Vishnu é responsável pela manutenção do universo.

Na tríade do hinduísmo, Vishnu o deus responsável pela manutençãodo universo, sendo conhecido como o Preservador do Universo.
Nas duas representações comuns de Vishnu, ele aparece flutuando sobre as ondas em cima das costas de uma Serpente-Deus chamada “SheshNag”, ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma concha, um disco de energia, o Lótus e um Cajado.

A concha se chama “Panchjanya”, que têm nela todos os cinco elementos da criação: ar, fogo, água, terra e éter.

Quando se assopra nessa concha, pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo,o Om (ॐ)

O disco, ou roda de energia de Vishnu, se chama“Sudarshana” ele representa o controle dos seis sentimentos, e serve de arma para cortar a cabeça de qualquer demônio.
O Lótus de Vishnu, se chama Padma, e é o símbolo da pureza e representa a Verdade por trás da ilusão.
O cajado de Vishnu, se chama “Kaumodaki”, ele representa a força da qual toda a força física e mental do universo são derivadas.

Segundo o hinduísmo, Vishnu vem ao mundo de diversas formas, chamadas avatares, que podem ser humanas,animais ou uma combinação dos dois. Todos esses avatares aparecem ao mundo, quando um grande mal ameaça a Terra, no total, existem dez avatares de Vishnu, das quais nove já se manifestaram no nosso mundo - sendo Rama e Krishna os mais conhecidos - e outra ainda está por vir. São elas:

• Matsya, o Peixe;
• Kurma, a Tartaruga;

• Varaha, o Javali;

• Narasimha, o Homem-Leão;

• Vamana, o Anão;

• Parashurama, o Homem com o machado;
• Rama

• Krishna
• Buddha, o Iluminado (Sidarta Gautama) Nota: segundo os budistas, há 24 Budas, que não são encarnações de Vishnu, um deus de

outra religião. Sidarta Gautama, o Buda histórico,foi um dos Budas.

• Kalki, o espadachim montado a cavalo queainda está por vir.


A esposa de Vishnu é a deusa Lakshmi, deusa da prosperida

de e sorte que o acompanha encarnado na terra como esposa de seus avatares. O veículo de Vishnu é Garuda, aáguia gigante. Vishnu tem uma forte relação com a água (Nara), tanto que um de seus nomes é “Narayana”, aquele que flutua sobre as águas. Ele é representado ao lado de uma Serpente com muitas cabeças. Do seu umbigo, nasce uma flor de Lótus da qual emerge Brahma, o deus criador do universo.

- Shiva é conhecido como o transformador ou o destruidor do universo.

Shiva é um deus hindu, o Destruidor , ou o Transformador, participante da Tríade do hinduísmo juntamente com Brahma, o Criador, e Vishnu, o Preservador.

Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo. Suas primeiras representações surgiram no neolítico ( 4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação.
Assim, outros nomes atribuídos à Shiva são: Pashup ati ( O Senhor das Feras), Nataraja (O Bailarino real),Shambo (o Benevolente), Shankara (o Pacífico), Mahadeva (o Deus Supremo)

As cobras que Shiva usa como colares e braceletes simbolizam o seu triunfo sobre a morte, a sua imortalidade.

A água que se vê jorrar de seus cabelos é o rio Ganges. Conta a lenda que o Ganges era um rio muito revolto que corria na morada dos deuses. Os homens pediram para que o rio corresse também na terra. Porém, o impacto da queda de água seria muito violento. Para resolver o problema, Shiva permitiu que o rio escorresse suavemente para a terra pelos seus longos cabelos.

Sendo Shiva o asceta eremita da tríade, Shiva é considerado o criador do Yoga, que teria ensinado pela primeira vez a sua esposa Parvati.

Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.
gravura que simboliza a dança de Shiva -a dança que movimenta o mundo

Ganesha

...tem cabeça de elefante e corpo de humano. é símbolo dos obstáculos e das soluções lógicas.

Conta uma lenda indiana que um dia Parvarti, deusa-mãe da mitologia hindu, queria tomar banho e, como não havia guardas para protegê-la, deu vida a um boneco, e este boneco era Ganesha. Orden ou que ele ficasse na porta e não deixasse ninguém entrar. Apareceu, porém, Shiva, um dos mais poderosos deuses, pedindo que o deixasse entrar, pois era o esposo de Parvarti. Ganesha não cedeu, já que só obedeceria a sua mãe. Causou assim tamanha ira em Shiva que este decapitou Ganesha. Ao ficar sabendo, Parvarti ordenou a seu esposo que devolvesse a vida a seu filho. Como a cabeça fora arremessada muito longe, nã o podendo ser encontrada, Brahma, deus criador do universo, sugeriu que se colocasse a cabeça do primeiro animal que aparecesse. O primeiro animal a ser visto foi um elefante. Assim, com uma cabeça de elefante, deu-se vida a Ganesha.

Parvarti - Deusa da renovação e da transformação.

Profundamente triste com a morte do primeiro amor de Shiva (Sati), ele se isolou em uma caverna escura no Himalaia.
Enquanto isso, os demônios liderados por Taraka, vieram e expulsaram os deuses para fora do paraíso. Os deuses precisavam de um guerreiro que pudesse ajudá-los a restaurar a ordem celestial.
"Apenas Shiva pode lutar como um guerreiro" disse Brahma.
Mas Shiva, imerso na meditação, estava alheio aos pro blemas dos deuses. Sua meditação produziu grande força e energia. Sua mente estava cheia de bons conhecimentos e seu corpo tornou-se resplandecente de energia. Mas todo seu conhecimento e energia, dentro de seu ser, não podia ser u sado para ninguém.
Os deuses invocaram à deusa mãe, Shakti, para que encontrasse uma forma de contornar a situação.
"Eu vou me enroscar ao redor de Shiva, e absorver seu c onhecimento e energia para o bem do mundo e farei dele o pai de uma criança." disse Shakti.
Shakti então encarnou co
mo Parvati, determinada a retir ar Shiva de dentro de sua caverna e fazer dele seu cônjuge.
Todos os dias Parvati visitou a caverna de S hiva, limpou o chão, decorou-a com flores e ofereceu a ele frutas, esperando ganhar dele o amor. mas Shiva nunca abriu seus olhos. Exausta, a deusa invocou Priti e Rati, deusas do amor e da longevidade.
Essas deusas entraram na caverna de Shiva e a transfor maram em um belo jardim cheio da fragrância de flores e com o som de abelhas.
Guiada por Priti e Rati, Kama, o deus do desejo, assoprou e atirou flexas de desejo no coração de Shiva.
Shiva ficou furioso. Ele abriu seu terceiro olho e liberou chamas de fúria que engoliram Kama e reduziram seu belo corpo a cinzas.
A morte de Kama alarmou os deuses. "Sem a deusa do desejo, o homem não poderá abraçar a mulher e a vida cessará."

"Eu devo encontrar outra forma de atingir o coração de Shiva. Quando Shiva se tornar meu cônjuge, Kama renascerá." disse Parvati.
Parvati entrou na floresta e executou rigoroso s tapas, não se vestindo para proteger seu corpo do clima rigoroso, não c omend o nada, nem mesmo uma folha. Ao executar esses rigorosos pro cedimentos, Parvati ganhou a admiração das entida des da flor esta, que a nomearam Aparna.

Aparna tocou Shiva em sua capacidade de se excluir do mundo e dominar seus desejos físicos. A força de seus tapas acordaram Shiva de sua meditação. Ele caminhou para fora da
caverna e aceitou Parvati como sua esposa.

Shiva casou-se com Parvati na presença d os deuses, seguindo os rituais sagrados. Depois, levou-a para o local mais alto do cosmos, o monte Kailasa, o pivô do universo. Eles então se tornaram um e Kama pôde renascer. Parvati amoleceu o coração empedrado de Shiva com seu afeto. Juntos eles descobriram as alegrias da vida de casados. A deusa acordou Shiva para o mundo, despertando nele vários desejos. Em troca, ele revelou a ela os segredos dos Tantras e dos Vedas, que ele havia adquirido durante a meditação.

Inspirado na beleza de Parvati, Shiva tornou-se o fomentador das artes, da dança e do teatro. Conforme o combinado c om os deuses, Parvati deu a aura de Shiva para eles e disse: "Daqui vocês vão poder retirar o deus da guerra que vocês procuram."
Os deuses deram a aura de Shiva para Svaha, cônjuge d e Agni, a deusa do fogo. Incapaz de conservar a força da aura po r muito tempo, Svaha deu a aura para Ganga, a deusa do rio, que refrigerou-a em suas águas congelantes, até que a aura de Shiva se transformasse em uma semente.

Durga, que é outra forma de Parvati como uma deusa feroz de dez braços, nasceu já adulta das bocas flamejantes de Brahma, Shiva e Vishnu. Montada num tigre, usa as armas dos deuses para combater os demônios.

Aranyani, a deusa da floresta, embebeu a se mente divina no solo fértil da floresta, que cresceu e se transformou em uma criança robusta com seis cabeças e doze braços.
As seis ninfas da floresta, chamadas Krittikas, encontraram esta bela criança em uma lotus. Tomadas de afeição materna, começaram a cuidar da criança. O filho de seis cabeças de Shiva, nascido de várias mães, tornou-se conhecido como Kartikeya.
Parvati ensinou a Kartikeya a arte da guerra e tra nsformou-o em um guerreiro celestial chamado Skanda. Skanda comandou os soldados celestiais, derrotou Taraka na batalha e restaurou o paraíso aos deuses.

Skanda, guardiã do paraíso, destruiu muitos demônios que se opuseram ao reinado dos Deuses. Mas ele não conseguiu derrotar o demônio Raktabija. Jamais o sangue deste demônio tocou o chão, pois quando ele jorrava, tranformava-se em milhares de novos demônios. Ele parecia indestrutível.

Para ajudar seu filho em sua batalha para afugenta r os três mundos do demônio, Parvati entrou no campo cósmico da batalha como a temida deusa Kali.
Kali sugou o sangue que jorrava do demônio com sua longa língua antes que o sangue pudesse se transformar em novos demônios. Raktabija, sem poder se reproduzir, foi perdendo sua força. Então Skanda foi capaz de derrotar Rajtabija e todas as duas replicações com facilidade.

Skanda agradeceu sua mãe por sua ajuda. Para celebrar sua vitória, Kali dançou muito no campo de batalha. Intoxicada pelo sangue de Raktabija, Kali correu pelos três mundos, destruindo tudo e todos os que estavam em seu caminho.
Para acalmá-la, Shiva tomou a forma de um cadáver e bl oqueou seu caminho. Como deusa, cega pelo sangue, ver o corpo de seu cônjuge sem vida foi um choque que tirou-a do êxtase. Ela caiu em si e quis saber s e havia matado seu próprio marido. Ela pôs um pé em Shiva e o trouxe de volta à vida.
Kali, mais conhecida como a Mulher Negra, é a deusa da morte e da sexualidade, além de ser ao mesmo tempo a fonte da juventude e da natureza .


Determinada a ser uma mãe, Parvati decidiu criar um filho dela própria sem a ajuda de seu marido. Ela cobriu sua face com pasta de sândalo, retirou a pele morta, misturou-a e moldou-a em uma bela boneca, para a qual ela assoprou a vida.
Então ela ordenou ao seu filho recém criado, cujo nome é Ganesha, que vigiasse sua caverna e dela afastasse todos os estranhos.

Com Parvati de seu lado, Shiva tornou-se um homem de família. Mas ele não abandonou sua forma de heremita: ele continou a medit ar e imergir em sonhos. Sua falta de cuidado, sua recusa de responsabilidades algumas vezes irritou Parvati. Mas então ela voltava a si, conformava-se com os caminhos não convencionais de seu marido e restaurava a paz. A conseqüente paz matrimonial entre Parvati e Shiva assegurou a harmonia entre matéria e espíri to e trouxe estabilidade e paz para o cosmos.
Parvati também se tornou Ambika, deusa da segura
nça de c asa, do matrimônio, da maternidade e da família.

A dança da Deusa Kali a guerreira


Sarasvati- Deusa da inteligência, da música, da sabedoria e talvez uma das mais belas de todas.

...É a esposa e a forma feminina do criador Brahm a. Representa o conhecimento, a inteligência, as artes e as ciências. Também é a deusa da música. Costuma aparecer sentada sobre uma flor de lótus, símbolo da transformação, e com um rosário de contas na mão para lembrar a importância da oração. Aperfeiçoa o intelecto e a criatividade. Está associada à fertilidade, à purificação, à fala, à linguagem e à palav ra. Possui sempre ao seu lado um cisne (o discernimento) ou um pavão (o silêncio necessário para escutar , refletir e meditar). Sem ela, Brahma não poderia ter criado o mundo.

Lakshmi-Deusa do amor, da beleza, da riqueza e da generosidade para com seus seguidores.

"Om Shrim Maha Lakshmiyei Swaha"
("Om e saudações a Ela que fornece abundância")

A Deusa Lakshmi, também conhecida como Shri, é personificada não somente como a Deusa da Fortuna, mas também como a incorporação do amor, da graça e do encanto. Ela é adorada como uma deusa que garante tanto a prosperidade quanto a liberação do ciclo da vida e da morte.

Lakshmi ergueu-se do mar de leite, o oceano cósmico primordial, segurando um lótus vermelho em sua mão. Cada membro da divina trindade - Bra hma, Vishnu e Shiva (o criador, o mantenedor e o destruidor respectivament e) - queria tê-la para si. O pedido de Shiva foi recusado porque ele já havia pedido a Lua, Brahma tinha Sarasvati, então Vishnu pediu por ela e ela nasceu e renasceu como sua consorte em todas as suas dez encarnações.

Mas apesar de ter ficado com Vishnu como sua consorte, Lakshmi continuou sendo devota de Shiva. Há uma lenda interessante envolvendo sua devoção a esse Deus:

Diariamente Lakshmi pegava mil flores colhidas por suas da mas de companhia e as oferecia à imagem de Shiva de noite. Um dia, contando as flores enquanto ela colocava a oferenda, ela descobri u que havia menos que mil. Já era muito tarde para colher mais porque já era noite e os lótus já tinham fechado suas pétalas.


Lakshmi achou que era de mau agouro oferecer menos que mil. De repente ela se lembrou que Vishnu uma vez descreveu seus seios como lótus se abrindo. Ela decidiu oferece-los como as duas flores que estavam faltando.

A Deusa cortou um de seus seios e colocou-o com as flores no altar. Antes que ela pudesse cortar o outro, Shiva, que estava extremamente emocionado com a sua devoção, apareceu na sua frente e pediu que parasse. Então ele transformou seu seio cortado em um redondo e sagrado marmelo (Aegle marmelos) e enviou-o à Terra com suas bênçãos, para florescer perto de seus templos.

Alguns textos dizem que La kshimi é a esposa de Dharma. Ela e muitas outras Deusas, todas personificações de certas qualida des auspiciosas, foram dadas em casamento a Dharma. Essa associação parece a princípio representar a união de Dharma (a conduta virtuosa) com Lakshmi (prosperidade e bem-estar). A moral da história é ensinar que agindo de acordo com Dharma é possível obter prosperidade.

Algumas tradições também associam Lakshmi com Kubera, o horrendo lorde dos Yakshas. Os Yakshas fora m uma raça de criaturas sobrenaturais que viveram fora dos limites da civilização. Sua conexão com Lakshmi talvez descende do fato que eles foram notáveis por uma propensão para coletar, guardar e distribuir riquezas. A associação com Kubera aprofunda a aura de mistério e conexões com o submundo que se anexam à Lakshmi. Yakshas também são símbol os de fertilidade. As Yakshinis (Yakshas fêmeas) representadas freqüentemente em esculturas nos templos são mulheres com seios cheios e quadris largos com bocas amplas e generosas, inclinando-se sedutoramente contra árvores. A identificação de Shri, a Deusa que corporifica o poder do crescimen to, com os Yakshas é natural. Ela, assim como eles, envolve-se e revela-se na irreprimível fecundidade da vida, como exemplificado na lenda de Shiva e o marmelo, e também em sua associação com o lótus.

Há também uma associação bem interessante entre a Deusa Lakshmi e o Deus Indra. Indra é conhecido como o deus dos deuses, o primeiro dos Deuses, é geralmente descrito como o Deus celestial. Por isso é apropriado a Shri-Lakshmi ser associada à ele como sua esposa ou consorte. Nesses mitos ela aparece como a personificação da autoridade real, como sendo aquela cuja presença é essencial para o manuseio do poder real e à criação da prosperidade real.

Muitos mitos desse gênero descrevem Shri-Lakshmi como deix ando um governante após o outro. Dizem que ela mora até com um demônio chamado Bali. Essa lenda deixa clara a união entre Lakshmi e reis vitoriosos. De acordo com essa lenda Bali derrota Indra
(estátua de Indra)

. Lakshmi é atraída para as maneiras vitoriosas de Bali e sua coragem e se une a ele juntamente com suas virtudes auspiciosas. Associado à deusa adequada, Bali reina os três mundos (terra, céus e submundos) com virtude, e sob seu reinado há prosperidade em todos os lugares. So mente quando os deuses destronados conseguem enganar Bali para rende-lo é que Sarasvati o deixa, deixando-o apagado e impotente. Junto com Lakshmi, também suas qualidades o abandonam: boa conduta, c omportamento virtuoso, verdade, atividade e força.

A associação de Lakshmi com tantas divindades masculinas e com a notória velocidade da boa sorte deu a ela a reputação de ser inconsta nte e leviana. Há um outro texto que diz que ela é tão volúvel que até mesmo em uma figura ela se move e que se ela continua com Vishnu é somente porque está atraída por suas muitas formas (avatares)! Ela também é conhecida como Chanchala , ou a incansável.

Sua inconstância convenceu seus devotos que ela pode deixá-los pelo menor motivo. Por isso eles desenvolveram diversas e stratégias para prender Lakshmi, e também a prosperidade em seus estabelecimentos. Há uma se ita conhecida por oferecer somente o pior tecido de malha como yastra (vestimenta) para Lakshmi; eles dizem: "É muito mais fácil p ara a Deusa Lakshmi abandon ar nossos lares vestida em amplas faixas de tecido do que escassamente vestida no mínimo tecido que nós oferecemos a ela como vestimenta!".

No sentido mitológico, sua instabilidade e natureza aventureira lentamente começam a mudar já que ela é totalmente identificada com Vishnu, e finalmente se torna calma. Dessa maneira ela se transforma na esposa fixa, obediente e leal que reza para reunir-se ao marido em todas suas próximas vidas. As imagens mostram-na sentada no chão perto de onde seu lorde se reclina em um trono, inclinando-se a ele; um modelo de decoro social.

Fisicamente a Deusa Lakshmi é descrida como uma m ulher formosa, com quat ro braços, sentada em um lótus, vestida com roupas finas e jóias preciosas. Ela possui um semblante gentil, está no máximo de sua juventude e mesmo assim tem uma aparência maternal.

A característica mais chamativa em Lakshmi é sua associação persistente com o lótus. O significado do lótus em relação à Shri Lakshmi s e refere à pureza e ao poder espiritual. Com as raízes na lama e desabroch an do acima da água, completamente livre da lama, o lótus representa a autoridade e perfeição espiritual. Além disso, o ato de sentar-se no lótus é um motivo comum nas iconografias Budista e Hindu. Os deuses e deusas, os Buddhas e Bodhisattvas, geralmente sentam-se ou estão de pé sobre um lótus,

o que sugere sua autor idade espiritual. Estar sentado sobre o u estar de alg uma outra maneira associado ao lótus sugere que o ser em questão: Deus, Buddha, ou ser humano - transcendeu as limitações do mundo finito (a lama da existência) e bóia livremente numa esfera de pureza e espiritualidade. Shri-Lakshmi assim sugere mais que os poderes fertilizantes do solo úmido e que os mister iosos poderes do crescimento. Ela sugere a perfeição e um estado de refinamento que transcende o mundo m aterial. Ela é associada não somente com a autoridade real mas também com autoridade espiri tual, e combina os poderes reais e sacerdotais em sua presença. O lótus, e a Deusa Lakshmi por associação, representa o desabrochar completo da vida orgânica .

Mas a Deusa Lakshmi não pode ser descrita completamente sem que se mencione seu tradicional veículo, a coruja (Ulooka em Sânscrito). Dizem que por causa da sua natureza letárgica e estúpida a Deusa a leva para um passeio! Ela é a criada daqueles que sabem como controla-la; como aproveitar o má ximo de seus recursos, assim como o Lorde Vishnu. Mas aqueles que a adoram cegamente são na verdade as corujas ou 'Ulookas'.

AS CASTAS -
Através deste sistema antigo os casamentos são arranj ados pelas famílias indianas onde somente pessoas da mesma casta, cuja raça é semelhante, podem se casar. O casamento entre raças diferentes é proibido na Índia e, por punição, o casal e seus filhos são considerados impuros
Osistema de Castas é divido em quatro partes, de acordo com o corpo do super deus O sistema de castas (Varna) indiano é dividido de acordo com a estrutura do corpo de Brahma. As quatro principais castas são: ...veja aqui algumas cenas da novela onde Bahuan (Marcio Garcia)um intocável que é adotado por um brâmane (no caso Shankan, o p ersonagem de Lima Duarte), que vem a ser um sacerdote de primeira casta.Maya Meetha(juliana Paes) pertence a casta dos comerciantes, e Bahuan é um intocável, pois não possui casta, apesar de ter sido adotado por um rico indiano. Dessa forma, a família Meetha, para seguir os costumes, vai querer casar a filha com Raj Ananda, personagem de Rodrigo Lombardi, a quem ela não ama, mas pertence a sua casta.



Os animais sagrados da India

Os diversos povos da Índia tiveram em comum a fascinação e o respeito pelos animais. Os hindus, budistas e jainas considervam todas as formas de vida como igualmente importantes, pois as julgavam encarnações de uma energia ou força vital única. Acreditavam que quando uma pessoa morria essa energia era reencarnada em alguma outra forma.Matar um ser vivo era inadmissível. Até um inseto poderia ser vitalizado pela alma de um antepassado ou amigo. Em uma forma ainda mais forte de expressar esse sentimento pelos animais, a mitologia hindu dotou os deuses de atributos animais.

As Aves

Para os antigos indianos, as aves a voar alto no céu eram uma fonte de inspiração. Associavam-nas muitas vezes com o sol. Com o desenvolvimento do hinduísmo, o poder do sol foi representado por um ser mitológico meio homem, meio ave, chamado Garuda.Milhares de anos depois, alguns imperadores mulçumanos da Índia se interessaram tanto por aves que mandavam buscar as variedades incomuns das terras distantes e determinavam aos seus pintores e escultores que as reproduzissem com realismo.

Os Macacos
(Hanuman o rei dos macacos)

De acordo com um velho mito hindu, um exército de macacos

ajudou um dia o lendário herói Rama a salvar sua mulher do demônio Ravana. Como Rama era um avatar de Vishnu, os macacos foram desde então festejados.As fábulas em que os macacos pensam e falam para expor uma lição de moral também fazem parte da educação de todo o menino de origem nobre do país. Os macacos eram animais de estimação de muito desses nobres ou era um dos muitos animais pertencentes aos zoológicos do rajás.

As vacas

Essa tem sido a espécie mais essencial da Índia. Para o hindu, a veneração da vaca faz parte integrante da vida e tem raízes tradicionais profundas. Entretanto, as vacas não são realmente sagradas, a religião hindu só proibe a matança desses animais.

Para os hindus os touros é que são os animais sagrados. Símbolo da procriação desde os tempos pré-históricos,

os touros eram também associados

ao deus Shiva, sendo esculpido em seus templos.


Os Elefantes

Segundo a mitologia hindu, os primeiros elefantes do mundo possuíam asas e brincavam com as nuvens. Mas um dia, um grupo de elefantes pousou nos galhos de uma árvore debaixo da qual um santo asceta falava a seus discípulos.Os galhos se quebraram e os elefantes caíram em cima dos discípulos matando vários deles. O santo homem ficou tão zangado que pediu aos deuses que tirassem as asas dos elefantes.Os elefantes, mesmo sem asas continuaram a ser amigos das nuvens e a ter o poder de pedir que elas tragam as chuvas, por isso os elefantes são ainda hoje venerados na Índia. Os elefantes brancos, além de tudo, são considerados símbolo de boa sorte.





...bem! espero que com esse megapost tenha matado sua curiosidade sobre o assunto! isso é só um resumo básico, porque a História do Hinduísmo vai muito alem disso!!! até a próxima!!!

Namastê!

Om Shanti!Om Shanti (Fique em paz)

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